A parasitologia
é uma ciência que emergiu no século XIX no estabelecimento de várias áreas da
medicina, inclusive na medicina tropical. É uma ciência indicada a um rumo da
história natural sendo constiuída pela criação de vários agentes patogênicos,
responsáveis por processos mórbidos que não eram atribuídos a organismos
externos ao indivíduo. Por isso, alguns parasitologistas começaram a descrever
os agentes patogênicos, seus vetores e os seus mecanismos de transmissão nas
várias doenças causadas por parasitas.
No Brasil, em
1900, Oswaldo Cruz e Carlos Chagas – renomeados médicos— surgem no cenário
através de suas descobertas, impulsionando a parasitologia até os dias de hoje.
A relação entre
população, vetor e agentes etiológicos é complexa.Entre as doenças decorrentes
de uma má vigilância sanitária ou deficiência desta, destaca-se as parasitoses,
que se alimentam de seu hospedeiro, consumindo-lhe o intestino, tecidos e por
isso o parasita não danifica drasticamente o seu hospedeiro, pois a relação
entre eles é basicamente nutricional.
O parasitismo ideal é aquele que não causa danos ao
hospedeiro, não povocando então, doenças, de tal forma que o hospedeiro se
adapta ao seu hospedeiro, passando a viver com ele ou nele; essa relação recebe
o nome de simbiose.
Por volta de
1960, a parasitologia teve seus fundamentos estabelecidos e os parasitas
passaram a ser reconhecidos como responsáveis de doenças que afetavam o ser
humano e seus animais de estimação – embora houvesse muita especulação quanto
ao envolvimento dos parasitas com as doenças, Foster acabou contestando que a
hidatidose e a trichinelose tinha os parasitas como agentes patogênicos.
Foster também
acreditava que os maiores avançose descobertas da parasitologia tropical oram
realizados por homens isolados, durante o século XIX e XX, em laboratórios de
universidades de condições precárias, aumentando assim, a oportunidade e o
desenvolvimento da parasitologia, com a criação e o estabelecimento desta, em
escolas de medicina e em hospitais nos trópicos, criando-se assim, a
oportunidade de estudar os parasitas tropicais, embora não houvesse clara
distinção entre a medicina dos trópicos com a das regiões temperadas.
No início do
século XXI, as parasitoses deixaram de ser doenças mobilizadas por recursos
internacionais; a história mostra que os antigos males que ainda persistem nos
dias de hoje, são decorrentes de condições socioeconômicas, sanitárias e
higiênicas deficientes; apesar de haver estudos e descobertas, ainda afetam a
sociedade.
A falta de
estrutura, o crescimento urbano desordenado, traz consigo problemas tanto de
origem passada quanto futura. O crescimento da população sem as condições
básicas de saúde e uma orientação adequada à população quanto aos riscos de
saúde decorrentes da não educação-ambiental, são pontos que contribuem para a
proliferação desses parasitas e assim, suas patologias, mesmo com a criação de
hospitais e laboratórios, não é toda a população que usurfrui. O que contribui
para a não prevenção de seu crescimento, dando espaço para os parasitas se
irradiar de uma forma descontrolada, podendo provocar até surtos ou epidemias.